Uma criança morre a cada cinco minutos devido à violência - Entrevista UN NEWS Centre (Portuguese)

Nova Iorque, 25 de Abril de 2017 - Uma nova campanha foi lançada na sede das Nações Unidas para prevenir e acabar com a violência a menores;  custo econômico é calculado em US$ 7 trilhões de por ano.

Crianças se abraçam sobre os escombros em um campo para deslocados internos na Síria. Foto: Unicef/UN013175/Al-Issa

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

"Precisamos do mundo inteiro para acabar com a violência a crianças" é o nome de uma nova campanha lançada na sede da ONU, em Nova Iorque.

Em entrevista exclusiva à ONU News, a representante especial do secretário-geral para violência a crianças, Marta Santos Pais, deu detalhes da nova iniciativa.

Impacto dramático

"É mais uma iniciativa muito importante para sensibilizar a opinião pública para o impacto dramático da violência na vida das crianças. Como se recorda nessa iniciativa, cada cinco minutos há uma criança que morre em resultado da violência, mais de metade das crianças no mundo são afetadas por violência todos os anos. E a violência tem um custo econômico muito alto, US$ 7 trilhões por ano. São, portanto, claramente números inaceitáveis."

Segundo a representante do secretário-geral, a nova campanha é promovida em colaboração com as Nações Unidas, governos de países de todas as regiões e sociedade civil, mas também "reconhece um valor muito particular à voz e contribuição das próprias crianças e jovens".

Urgência

"Infelizmente, a violência continua a ser, por um lado, muito invisível e, por outro, muitas vezes silenciada e é por isso que nós temos hoje muitos países sem estatísticas sobre a situação da violência. Portanto, essa iniciativa é uma chamada para ação. É um recordar e um reafirmar a urgência desta causa."

Marta Santos Pais lembrou ainda que "esta é uma prioridade que agora está inscrita na agenda de desenvolvimento" e que existe uma meta específica para o fim de todas as formas de violência até 2030.

Para a representante especial do secretário-geral da ONU, "não há tempo a perder".

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